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Ortografia





Dica:

Reescrita com transgressão ortográfica

Objetivo(s) 
  • Refletir sobre princípios das normas ortográficas.
  • Construir um repertório de regularidades ortográficas contextuais.

Conteúdo(s) 
Ortografia: uso de E e I no fim de palavras pronunciadas com som de /i/.

Ano(s) 
Tempo estimado 
6 aulas
Material necessário 
  • Papel pardo ou cartolina
  • pincel atômico
Desenvolvimento 
1ª etapa 
Com base nas produções dos alunos, defina com qual dificuldade ortográfica trabalhar. Essa sequência é focada no uso do E e do I, mas ela pode ser aplicada também com palavras terminadas com O e U com som de /u/ ("bambo"/"bambu", "tato"/"tatu", "urubu", "lobo", "cavalo" etc.) e outras regularidades. Escolha um texto conhecido pelos alunos e que tenha palavras terminadas em E e I com som de /i/ (como "leite", "perde", "perdi", "mente", "menti", "gente", "sapoti", "verde", "saci", "doce" etc.), faça um ditado dele e recolha as produções.
2ª etapa 
Em uma lista, reúna as palavras escritas na 1ª etapa, inclua outras terminadas em E e I com som de /i/ e entregue-a para cada dupla. Peça que os estudantes analisem e discutam quais foram grafadas de maneira correta e as que podem ser descartadas. Diga que construam uma tabela, separando-as em dois grupos, de acordo com a escrita. Incentive-os a discutir também sobre o significado de cada palavra, como "qual a diferença entre ¿perde¿ e ¿perdi¿?". Terminada a atividade, peça que compartilhem seus registros. Seja o escriba de uma tabela coletiva, dividindo as palavras em duas colunas conforme o que eles dizem - quando houver divergências, peça que explicitem seus raciocínios. Discuta sobre onde aparecem as sílabas fortes nas palavras terminadas com E (penúltima ou antepenúltima sílaba) e nas com I (última). Sistematize as conclusões em cartazes para consulta.
3ª etapa 
Selecione outro texto conhecido pelos alunos e tenha palavras terminadas com E e I. Realize um ditado.
4ª etapa 
Diga que reescrevam o texto da 3ª etapa como se fossem alunos novos, que não estavam nas aulas anteriores e, portanto, não discutiram sobre o uso do E e do I. Essa tarefa parte do pressuposto de que, para transgredir uma regra, o indivíduo precisa ter conhecimento do que está violando.
5ª etapa 
Devolva às crianças o ditado da 1ª etapa e peça que revisem os textos consultando os cartazes.
Avaliação 
Analise as transgressões que os alunos fizeram na 4ª etapa, observando se foram intencionais ou aleatórias e se conseguiram errar de propósito o uso das vogais em questão no fim das palavras. Fique atento a outras dificuldades ortográficas que podem ser trabalhadas em propostas futuras. Nas demais produções escritas dos alunos, passe a avaliar o uso do E e I, sem deixar de analisar aspectos relacionados à compreensão daquilo que se pretende comunicar. Proponha que os alunos reescrevam corretamente seus textos, consultando o mural de regras sempre que tiverem dúvidas.
Flexibilização 
Pensando em um aluno com deficiência auditiva, mas capaz de fazer a leitura orofacial, que já escreva bem e não utilize Libras - pois nesse caso sempre terá direito a um intérprete na sala, recomenda-se falar sempre de frente para a criança (regra que vale tanto para o professor, quanto para o colega da dupla). O aluno surdo deve sentar-se nas carteiras da frente da sala, próximo ao professor. Também é fundamental que você escreva na lousa todos os pontos a serem trabalhados, para que o aluno possa fazer seus registros. Isso facilita a compreensão, já que o aluno surdo terá o apoio visual da escrita. O professor também pode utilizar esses registros para trabalhar com o aluno as marcas da oralidade, combinando diferentes cores no quadro. Por exemplo: escreva em amarelo as transgressões (que normalmente poderiam ser apenas faladas) e em branco a forma escrita corrigida. O trabalho em duplas pode favorecer a colaboração para dificuldades específicas do aluno.

No caso de um aluno ainda em processo de construção da escrita, vale ampliar as atividades para a criança surda, ao trabalhar com ela alguns passos aquém do grupo, aproveitando para selecionar outras palavras, com erros comuns e próprios da deficiência. Outra situação comum nos casos de crianças com deficiência auditiva são as próprias alterações na escrita que podem ser aprimoradas com o exercício, mas que também precisam ser compreendidas como inerentes ao processo de aprendizagem dos surdos. Se o aluno ainda não é capaz de produzir textos, ele pode participar da sequência com listas e frases, usando o mesmo tema. Também é possível acrescentar figuras às palavras novas ou desconhecidas.

Para o aluno que faz leitura orofacial e está alfabetizado:
  • Fale sempre de frente para o aluno (regra que vale tanto para o professor como para o colega da dupla). Coloque-o sempre sentado nas carteiras da frente da sala, próximo ao professor, e, nas configurações em grupo, mantenha-o de frente para a lousa. Em cada momento das atividades, escreva os tópicos na lousa para que ele possa fazer seus registros ou entregue uma folha digitada com os itens da aula e vá ajudando-o a ticar cada um conforme o andamento da atividade.
  • Para que ele possa acompanhar melhor as atividades em classe e ampliar seus conhecimentos, dê lições extras. Por exemplo: para grifar palavras com essas terminações em um texto e organizá-las em duas listas ou para escrever ao lado de cada verbo a conjugação que termina com i (perde - perdi, vende - vendi), esses verbos podem estar inseridos em frases ou em outros textos de referência.
Deficiências 
Auditiva

fonte: nova escola

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